quinta-feira, 17 de abril de 2008

Deficiência Física

Designa-se por Deficiência Física a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento fala-se em paralesia ou paresia.
O termo paresia refere-se quando o movimento está apenas limitado ou fraco. O termo paresia vem do grego PARESIS e significa relaxação, debilidade. Nos casos de paresias, a motilidade apresenta-se apenas num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e a resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um comprometimento parcial, a uma semiparalesia.

Classificação das paralesias
Dependendo do número e da forma como os membros são afectados pela paralesia, foi sugerida por WYLLIE (1951), a seguinte classificação:
 Monoplegia – condição rara em que apenas um membro é afectado.
 Diplegia – quando são afectados os membros superiores.
 Hemiplegia – quando são afectados os membros do mesmo lado.
 Triplegia – condição rara em que três membros são afectados.
 Tetraplegia/ Quadriplegia – quando a paralisia atinge todos os membros; sendo que a maioria dos pacientes com este quadro apresentam lesões na sexta ou sétima vértebra.
 Paraplegia – quando a paralesia afecta apenas os membros inferiores; podendo ter como causa resultante uma lesão medular torácica ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como consequências, além de déficites sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais.


Causas diversas ou desconhecidas
 Paralesia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
 Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
 Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos directos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
 Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congénitas; causas metabólicas e outras.
 Febre reumática – (doença grave que pode afectar o coração);
 Miastenias graves (consistem num grave enfraquecimento muscular sem atrofia).


Programas Pré-Escolares

Recomenda-se o início precoce da educação para a criança com deficiência física através da educação sistemática nos anos pré - escolares. Isto pode ser feito através da colocação da criança deficiente física em uma creche ou através de programas de treinamento de pais. Como acontece com outros programas de pais, uma das primeiras tarefas é lidar com a reacção emocional deles em relação ao facto de que o seu filho é deficiente.
" Com muita frequência, os pais... têm tendência a proteger a criança deficiente de experiências ( em parte como uma protecção para a criança contra encontros potencialmente dolorosos ) e, em muitos casos, tratam-na como criança muito menor do que é. Os pais podem estar tão obcecados com as limitações da criança que negligenciam habilidades recentemente desenvolvidas. "
Um dos primeiros passos é convencer os pais de que, em alguns casos, a criança é capaz, se receber instrução sistemática e algum equipamento adaptado.
A recompensa por tais actividades não é somente o reforço das suas habilidades motoras, mas a actividade pode ser utilizada para estimular a linguagem e objectivos cognitivos, resultando numa melhor auto - imagem, pois as crianças provam a si mesmas, aos seus pais e às outras pessoas que elas são competentes, apesar de certas deficiências.


Adaptações Educacionais

Modificações:
Devido à heterogeneidade das condições que levam às deficiências físicas, é difícil descrever as facilidades para todas as crianças. Uma criança pode ter um braço deformado, outra pode ter diabetes, por exemplo. Tendo em vista essas diferenças de capacidades físicas e mentais, torna-se óbvio que só podemos considerar aqui os tipos mais gerais de modificações.

Adaptações nas escolas:
O ambiente físico da escola, para a criança com deficiência física e com deficiências múltiplas, tem que ser mais acolhedor e não sempre se parecer com uma inovação incomum.
Actualmente vemos rampas para cadeiras de rodas, corrimão no WC, superfícies não escorregadias e outras modificações ambientais que encorajam a independência.

Meios de transporte:
A parte dos meios de transporte do programa para crianças com deficiências físicas é cara. A maioria requer transporte para e da escola. As crianças podem estar espalhadas por muitas áreas da cidade e terão que ser transportadas por certas distâncias, isto implica o oferecimento de facilidades para carregar algumas dessas crianças para os transportes e para arrumá-los com segurança e conforto, especialmente se tiverem doenças graves.

Equipamento especial:
Em algumas escolas, salas especiais para terapia física e ocupacional são equipadas com os materiais necessários usados para o tratamento de deficiências musculares e para o aperfeiçoamento da coordenação motora. Cadeiras especiais e mesas recortadas, que ajudarão a criança a se levantar e a se sentar, são equipamentos comuns da sala. Às vezes tal equipamento tem de ser feito para atender uma única criança, se o médico encarregado recomendar apoios especiais em uma cadeira ou mesa.
Além das modificações necessárias no ambiente físico em geral, o professor precisará de numerosos equipamentos e recursos para o uso na instrução. Todos esses equipamentos têm objectivos especiais: cavaletes para livros para crianças que não conseguem segurá-los, projectores voltados para o tecto para as crianças em camas hospitalares ou em casa, máquinas de escrever eléctricas com controle remoto para crianças que ficam na cama, camas portáteis para períodos especiais de repouso e assim por diante.
O equipamento especial é em geral obtido somente quando há necessidade específica para isso, pois é só um auxiliar e tem que ser seleccionado com base na necessidade individual e não na do grupo.

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